Um de nós - Parte 1

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Gênesis 1: 26

E Se D’us fosse um de nós? E se ele andasse na Terra como um de nós? E se comesse, se alegrasse, se entristecesse, se machucasse... E se D’us amasse como um de nós? E se ele odiasse, como um de nós?

Post rápido, relampago, preciso e direto.

Seríamos ou os mais miseráveis, ou as mais amadas das criações. Das duas, uma.

Se Ele andasse na Terra como um de nós, provavelmente teríamos um pop-star. Imagine se D’us fosse como um de nós e se deixasse contaminar pela fama, fortuna e poder? Realmente eu não quero imaginar. Não mesmo.

 Sabe aquele sentimento que vem quando alguém te acusa de coisas injustas, ou, atribui à você algo que não é de sua autoria? Pois é. Agora, imagina uma pessoa que passou por isso e que tem todo o poder.

Se D’us fosse homem humano, e, se apaixonasse como nós, provavelmente teríamos vários semideusesinhos por aí. Teríamos vários Hércules, vários Jazões. O mundo seria dominado por pessoas que deteriam todo o poder, e, inevitavelmente entrariam em guerra entre si, já que, não haveria todo um panteão divino que regulasse a anarquia aqui na Terra. Pense na 3 Grande Guerra Mundial. Tería acontecido há séculos atrás.

Se D’us fosse um de nós e fosse Brasileiro, provavelmente estaria morando no Leblon ou na Barra da Tijuca. Seria um executivo de sucesso e Jesus, teu filho, se chamaria Kauan. Kauan seria um playboyzinho mimado até os seus 14, 15 anos de idade, e, quando entrasse na faculdade, se tornaria um militante da ala radical do PT, migrando para o PSOL, e, sem sucesso, ao terminar a faculdade (a única que conseguiu terminar depois das muitas que tentou), retornaria para perto do Pai, administrando a Sua empresa e saindo, anos depois, várias e várias vezes na capa da Exame, com os dizeres: Milagre Econômico: Jesus multiplica pães e peixes em sua cadeia de Fast Food.

Teríamos variações climáticas de acordo com a variação de humor do Pai. Aliás, só o chamaríamos de Pai porque, talvês, Ele participasse da máfia, sendo Il Capo dil Capo, Il Don Capo.

D’us seria um milagreiro, daqueles que fazem passiatas em seu nome. Ele se deixaria contaminar pela fama e glória, e, lotaria estádios fazendo shows de mágica que nós chamariamos de milagres.

Não haveria espaço para amor, não haveria espaço para compaixão. Não haveria espaço para a compreensão do homem como filhos, mas apenas como criaturas servas. O Ditador seria cruel, misericordioso se lhe conviesse a ser.

Mas, por outro lado:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.

Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.

Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.” João 1: 1- 18

      Pensando bem, D’us andou na Terra como um de nós... ainda bem...

                                                       @Luiz Alfredo Noronha Perin