14.2.11

Vaidade

Começa-se assim:


“Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.” Eclesiastes 1: 1-4

Silenciosa como a raposa atrás da galinha é a vaidade. Tão perigosa como a serpente escondida ou a obra não planejada, assim ela é na vida do crente convertido que se encontra na casa dos vinte e poucos anos (e alguns aos 30 e poucos, 40...). É quando terminamos a facul e/ou nos encontramos diante de uma grande oportunidade profissional. É quando você tem que escolher entre a vida eclesiástica (se você tivesse uma antes) ou a vida profissional. E, não se sinta mal se você se encontrar nessa posição. Sabe, a vida é como a subida dos acordes do piano. Melhor, a vida é como a sucessão de notas de uma guitarra: sempre se pode ir mais alto. Voce só precisa saber onde apertar e como puxar.

“Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.” Eclesiastes 1: 14

Mas, eu confesso que a maior parte do meu tempo eu passo pensando nisso: “Há proveito nisso tudo que eu ando fazendo?”. Porque, sejamos sinceros, “aflição de espírito” ou “correr atrás do vento” (em algumas traduções) causa medo, não? Perceber que tudo o que voce tem realizado até agora não passou de futilidade guiada pela vaidade. Sim, rimou, mas não tem graça. Descobrir que você deveria ter investido seu tempo em alguma outra coisa e não ter desperdiçado com essa “porcaria” que você anda fazendo.

“Ah! Então eu deveria voltar à vida eclesiástica, certo?” você deve estar (cinicamente) me indagando. Afinal, “um dia nos Teus átrios é melhor do que mil em qualquer lugar” (Salmos 84: 10). Melhor conseguir provisão para este mês, juntar dinheiro para casa-casar, como eu... Bom, de fato é, mas, necessariamente não significa que você deva estar lá. Eu entendo que a vontade do Senhor é que estejamos onde Ele quer que estejamos e façamos o que Ele nos propõe a fazer. Uns para mestres, outos para doutores... (Efésios 4: 11)

Porque, não quer dizer que que se você está servindo à congregação ou está no pulpito, ou está segurando um microfone ou instrumento musical que você esteja fazendo a vontade d’Ele. Tenha essa convicção em sua mente: muitos pregadores pregam pela própria vaidade, e não pela obra, e, é impossivel não achar num ministério de louvor um músico levita que não performa o louvor pela própria vaidade. São pessoas que, ainda que tenham o desejo, não deveriam estar ali. Deveriam estar fazendo outra coisa em outro lugar, onde D’us quisesse. Se D’us quisesse.

Se a vida profissional pode não passar de vaidade como também a vida eclesiástica, o que fazer? Bom, saiba que o mundo (leia-se: pessoas) não precisam de mais um pregador que tem medo da verdade, um ministro hiper ungido ou um profeta de terno Armani. Ele (pessoas) precisa de você, fazendo o que você faz, mas, PARA A HONRA E GLÓRIA AO NOME DO SENHOR (II Pedro 3: 18).

Termino aqui com um enunciado. Talvez, um classificado:

Precisa-se:

- Pessoa que pregue no trabalho, e não, que trabalhe na pregação;

- Ajudante que converta o chefe, e não, que se converta ao chefe;

- Amigos e parentes que falem a verdade sem medo da amizade, e não, que tenham a amizade por medo da verdade.

                                                         @ Luiz Alfredo Noronha Perin

3 comentários:

Âniiii disse...

A verdade liberta.(Coloque tudo na luz de Jesus e terás a verdade)
A liberdade dói.(Dar a vida na cruz deve ter doído, e ainda dói)

Anônimo disse...

Suzana disse...

Muito bom o texto. Que possamos refletir na nossa vida o que tem sido vaidade de vaidade.

14.2.11

Unknown disse...

Sabia que o anônimo era Suzana Lanchinho!